sábado, 8 de junho de 2013

Arquitetura sem Fronteiras

Hoje o assunto é acadêmico!

Broadcasting Place - o prédio em que vou estudar! Apenas.

Cara, essa semana rendeu! Parece que as coisas estão se encaminhando e a ficha começa a cair - tá acontecendo mesmo! Tanto o CNPq quanto a minha University resolveram entrar em contato com ótimas novidades: matérias que vou cursar, Dilmacard e bolsa. 


First things first! Como eu disse, o assunto de hoje é universitário. Vocês devem imaginar que estudar numa universidade estrangeira é ao mesmo tempo excitante e assustador, a gente não sabe o que vem pela frente! O sistema de ensino pode mudar completamente de um país pra outro; o jeito que a gente conhece as coisas - aulas, avaliações, professores, pode ser uma novidade. Isso sem contar o idioma!

O que eu sabia sobre universidades britânicas até o final do ano passado? Que as aulas começavam em setembro (por causa de Harry Potter). Mas estive pesquisando há algum tempo e percebi algumas coisas que diferem do nosso sistema de ensino, principalmente no curso de Arquitetura.

Enquanto o meu curso de graduação daqui (Arquitetura e Urbanismo) tem duração de cinco anos, o curso equivalente no Reino Unido (BA Architecture) acaba em três anos! Num prazo de cinco anos, você consegue um mestrado do seu curso lá na Grã-Bretanha. Além disso, a divisão das matérias também muda: eles não usam o sistema de várias disciplinas por semestre, você cursa o Year 1, 2 e 3, com menos matérias por semestre, mas com a carga horária semelhante a nossa. 

O ensino de Arquitetura pode ser diferente de uma faculdade pra outra, até mesmo aqui no Brasil, cada uma tendo um foco e uma grade específica, mas no Reino Unido eles tem uma maior integração das matérias, que acho que não temos aqui. Por exemplo: eu estudei sistemas estruturais, materiais construtivos, técnicas construtivas e conforto ambiental em matérias distintas, mas no meu curso de lá todos esses assuntos são colocados juntos num module chamado "Architectural Technology". Entendem a diferença? São menos matérias, abrangendo vários assuntos e integrando isso com o projeto arquitetônico. 

Uma raça difícil de explicar.


Leeds Met me colocou no Year 2 do curso de BA Architecture, e eu vou cursar quatro modules no período de um ano letivo:  Architectural Technology 2, Architectural Design Studio 2A, Context Studies e Architectural Design Studio 2B, ou seja, uma matéria teórica e um projeto por semestre! Tranquilo? Quem me dera! Cada cadeira de projeto dessa aí tem 40 créditos e muito trabalho. 

E o mais legal de tudo: essa semana recebi o Dilmacard (nome carinhoso que os Cientistas sem Fronteiras deram pro cartão que o CNPq nos entrega, para receber a bolsa no exterior, mas que só vai ser carregado quando estivermos lá), e também foram acertado$ todos os primeiro$ detalhes financeiro$. 


São essas as novidades! Agora só falta a minha universidade gringa mandar o meu CAS (Confirmation of Acceptance for Studies) e eu posso tirar meu visto! O semestre tá acabando, a correria tá grande e a ansiedade só aumenta. O Ciência sem Fronteiras abriu novas chamadas para janeiro/2014, e logo vou fazer mais uns posts pra ajudar a galera que vai tentar, fiquem ligados!