sábado, 21 de junho de 2014

Amsterdam

Hi y'all!

Lá no começo do ano eu fiz duas viagens lindas. Ano novo incrível em Praga e em seguida voei pra capital holandesa, Amsterdam. Uma das minhas cidades favoritas, voltarei com certeza. É linda em todos os sentidos: a arquitetura, os canais, as pessoas - a cidade em si tem uma atmosfera única.

Casinhas tortas ♥

Canais

Eu e minha amiga australiana chegamos na cidade a noite. Chegar no hostel foi fácil, o transporte na cidade é impecável. Do aeroporto pra estação de trem e de lá foram apenas alguns minutos caminhando até o Meininger Hotel, onde ficamos em Amsterdam. É chamado de hotel, mas tem preço e atmosfera de hostel. Curti muito o lugar - super limpo e organizado, só era um pouco longe do centro, mas como eu disse, o transporte era fácil e em 20 minutos estavámos lá.

Nossos dois colegas de quarto eram alemães e a gente se deu bem logo de cara, então fomos explorar a cidade a noite juntos. Iluminada é ainda mais linda, claro. A nightlife é bem agitada, ainda que estivesse bem frio. Nosso rolê foi irado e na manhã seguinte já tinhamos planos: encontrar nosso amigo brasileiro, meu colega aqui em Leeds, e visitar o museu do Van Gogh.

Rolê em Amsterdam...

O museu foi caro e sem desconto pra estudante, mas é lindo. Eu gosto muito de arte mas nunca estudei muito sobre o assunto (nada além das aulas de história da arte na faculdade), mas ver as obras do cara na sua frente e acompanhar toda sua evolução como artista - o que o museu proporciona - foi incrível. Virei fã do Vincent, que adora suas selfies.

But first... Let me paint a selfie!

Também fomos conhecer um pouco mais de outra mente brilhante, Anne Frank. A casa na qual os Franks se esconderam durante a Segunda Guerra fica em Amsterdam e hoje o lugar foi transformado num museu, que conta a história da Anne - que é inspiradora, além de falar um pouco da Guerra, do holocausto e de tudo que aquilo representou. Impossível não se emocionar com o desfecho! O museu também não tinha desconto, mas vale a pena.

Além desses lugares o rolê por Amsterdam já vale demais! Se perder por aquelas vielas e acompanhar os canais lindos, as casas tortinhas, é demais. As laricas comidas de rua de lá também são maravilhosas! Tava rolando umas feirinhas de Natal ainda, então tinha muitas comidinhas top. Recomendo a batata frita no cone, que constituiu basicamente minha alimentação na Holanda.

Munchies

Por hoje é isso! Em janeiro ainda rolaram outras duas trips lindas e minha primeira experiência com neve, que pretendo contar no próximo post, que não vai demorar também :) Valeu!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Na zdraví

Será que alguém ainda lê esse blog?

Bem, se sim, desculpem-me. Não abandonei o blog, simplesmente esqueci de postar! Tanta coisa já aconteceu que fico até perdido sobre o que escrever a essa altura. Resolvi seguir a linha do tempo na esperança de um dia chegar no post que vai estar falando dos dias de hoje, mas enquanto esse dia não chega, vou continuar contando o que aconteceu no final do ano passado, seguindo meu post do Natal.

Voltei galera!

Ano novo. É uma ideia empolgante, passar a virada do ano na Europa, e você fica se perguntando: dentre tantas opções, qual país vou escolher pra começar o ano? A treta maior é que a virada de ano aqui é durante o inverno, e pense num inverno europeu. Não tem essa de roupas brancas e confortáveis, flores na cabeça e pular as sete ondas na praia.

A dúvida acabou quando recebi o convite de uma amiga pra passar o Reveillon na casa de um amigo dela, o que significava: free accommodation. É claro que topei! Acomodação no fim de ano na Europa pode ser bem carinha. O destino? Praga, capital da República Tcheca. Eu não sabia quase nada sobre o país ou a cidade, mas curti demais a ideia. 

Free accommodation??

A capital tcheca fica na Europa Central (ou Leste Europeu?) e os países dessa região costumam ser mais baratos que os países do Oeste (e bem mais baratos que a Inglaterra), pois a moeda normalmente não é o Euro, então isso foi mais um ponto positivo sobre passar o Reveillon em Praga. Outra coisa que descobri foi que a cidade tem uma nightlife incrível, ou seja: Win win

Cheap and cool?

Éramos nove pessoas na casa desse amigo: sete brasileiros e dois australianos. O anfitrião, brasileiro, trabalhava como professor de inglês em Praga havia quase dois anos, então ele era praticamente um local! Tinha amigos de lá, sabia os lugares certos onde ir e etc. A festa da virada foi incrível! Várias pessoas foram pro apartamento que ficava próximo a um parque que tinha uma vista irada da cidade, e de onde se poderia ver o show de fogos de artíficio perfeitamente! Como estava frio d e m a i s, nós ficamos no apê até umas 23:45, e então corremos pro parque pra ver os fogos, comemorar, abraçar e voltar pra casa quentinha. Depois da meia-noite não se tem muitas lembranças, só fotos. Valeu, absinto tcheco! Enfim: foi daora. 

Marshall: absinto tcheco

Fiquei em Praga até o dia três de janeiro. Deu pra turistar legal, apesar do frio que tava foda. Lá pelo dia três todos nós que passamos a virada juntos estaríamos indo pra outras cidades, e eu e minha amiga australiana estavámos indo pra Amsterdam. Praga foi ótima, tenho boas lembranças e quero voltar algum dia. O destino seguinte foi igualmente lindo, mas contarei no próximo post (que não vai ser daqui a dois meses hehe).

Where's Harry?

Praga fria


Até breve!

domingo, 13 de abril de 2014

Os Weasleys

Hola!

Faz tempão que não posto... Queria postar com mais frequência, porém tenho preguiça não tenho tido tempo. Gal, já estou aqui há mais de sete meses! Nem eu acredito, passa v o a n do, sério. Só tenho mais cinco meses na terra da Rainha e duas palavras definem: mixed feelings. Ao mesmo tempo que mal posso esperar pra rever meus amigos e família, não quero deixar pra trás a qualidade de vida que tenho aqui.

Pensar no fim do intercâmbio

Enfim, esse post não é para desabafar, é para contar um pouco sobre as festas de fim de ano! Boatos que estou quatro meses atrasado, mas o que vale é a intenção... Sobre meu Natal fora de casa? Foi lindo, inglês e memorável.

O Natal sempre foi uma data importante pra mim. Desde sempre minha família se reúne na casa dos meus avós e nós fazemos uma festa linda! Passar o Natal sozinho em outro país era uma ideia que me entristecia um pouco. Eu lembrei do Harry, que na época de Natal ficava sozinho em Hogwarts porque todos seus amigos iriam passar o Natal em casa. O mesmo aconteceria comigo, porque meus flat mates são todos ingleses e iriam pra suas respectivas casas. No caso do Harry, ele teve a sorte de ser convidado pra passar o Natal com o Rony. E como ele, eu também tive essa sorte. Mas não foi o Rony quem me convidou, foi outra pessoa de cabelos laranja, minha flat mate Rachel. Daí em diante eu passei a brincar que passaria o Natal com os Weasleys.

Natal longe de casa

Eu tinha sido convidado alguns meses antes e quando chegou na época natalina eu estava super nervoso/ansioso pra visitar os parentes da Rach! Eu queria agradecer de alguma forma a família que me receberia e resolvi fazer algo bem brasileiro pra eles: brigadeiro e nega maluca (é como a gente chama bolo de chocolate no Sul). 

Minhas aventuras gastronômicas
Pegar o trem na véspera de Natal na Inglaterra é uma experiência engraçada. As estações ficam cheias de pessoas indo pra cima e pra baixo com seus presentes, casacos e gorros. Eu estava indo de Leeds pra Thornton-Cleveleys, uma cidadezinha no Noroeste da Inglaterra, perto de Blackpool (sim, terceira vez indo pra Blackpool), e como eu passaria alguns dias na casa dos Weasleys eu estava levando mochila, uma sacola com uns presentes e uma caixa de bolo e os brigadeiros! Não é muito legal pegar três trens carregando tudo isso. Ainda mais quando você entra no trem errado (sim, eu quase fui parar em Edinburgh) e quando o bolo começa a "vazar" e a caixa de papelão a se desfazer. Mas enfim, cheguei são e salvo na estação de Poulton-le-Fylde!

Não sei se todos os Natais do Brasil são assim, mas pelo menos na minha família nós costumamos nos reunir na véspera de Natal (dia 24) e fazer a Ceia juntos e depois da meia-noite abrimos presentes e tudo mais. Aqui eu achei diferente: na véspera de Natal fiquei em casa com a Rach e os pais, nós jantamos cedo e ficamos vendo TV (aqui tem muito programa de TV natalino e etc) e fomos dormir cedo! Na manhã de Natal, lá por umas sete horas, todos levantamos e fomos pra sala ainda de pijama mesmo, antes do café da manhã, e começamos a abrir a pilha de presentes que estava debaixo da árvore e na frente da lareira - uma típica cena natalina. Eu fiquei surpreso com a quantidade de presentes, e ainda mais quando descobri que muitos deles eram pra mim!! Fiquei mais que agradecido, não só os pais dela, mas os tios, avós, irmã e outros me mandaram presentes... Foi incrível.

Eu na manhã de Natal

Em seguida fomos visitar a avó paterna da Rach e foi a primeira vez que tive contato com pessoas mais velhas. Aqui eu só convivo com jovens e é muito estranho não te contato com idosos, crianças, bebês e inclusive pets, como gatos e cachorros. Sinto muita falta de amor canino e da minha cadelinha! Mas anyway, voltando ao assunto... A casa da vó dela era uma típica casa de vózinha inglesa! Com papel de parede, tudo arrumadinho de rendinha e coisinhas pra chá. De lá fomos pra casa do tio paterno dela, que tinha duas crianças, então tive contato com esse lado mais família! Foi muito bom. Ao invés da ceia que temos no Brasil, eles tem o Christmas Dinner, que na verdade é na tarde (?) de Natal. Assim como a gente eles comem peru, vegetais e etc... Só não tinha arroz, farofa e rabanada! Hahaha

Quando encontro um cachorro

Foi muito fofo que a priminha dela escreveu "Feliz Natal", em português mesmo, e colocou na parede da sala. Eles realmente me adotaram! Passamos o resto do dia na casa do tio. No dia seguinte, 26, eles tem o Boxing Day, que é feriado também e eles costumam se reunir, mas dessa vez foi na casa da tia materna, que também tinha três crianças. A casa era demais! Passamos o dia batendo papo, abriram mais alguns presentes, comemos vários snacks e chá... Conheci a família materna e o outros avós, e claro, batemos altos papos sobre o Brasil, viagens e etc. Foi bem legal :)

"Feliz Natal", eu e Rach natalinos e presentes!

O meu Natal foi inesquecível (só faltou nevar, rs), eu não poderia ter pedido por nada melhor! Sou eternamente agradecido a Rach e sua família. No dia seguinte foi o dia de voltar pra Leeds, porque três dias depois eu estaria embarcando pra Praga, mas esse é assunto do próximo post. 

See you!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Victims in London

Primeiramente, oi. 

Como mencionei antes, em Novembro eu fui no show da minha banda favorita na minha cidade favorita. Eu estava double feliz porque eu não somente iria pro show, eu passaria três dias em Londres! Minha primeira visita à capital inglesa tinha sido muito rápida, eu tinha passado todo o tempo vendo obra arquitetônica, então dessa vez eu poderia turistar. E ah, The Killers.


Eu nunca tinha ido no show dos caras, mas era um dos meus sonhos. Perdi o show deles no Lolla e fiquei boladíssimo, então quando descobri que viria pro Reino Unido fiquei com a esperança de eles passarem por aqui. O foda é que eles não tavam em tour, então eu já estava perdendo as esperanças... Eis que, do nada, eles anunciam um show "surpresa" em Londres. Um show apenas. Eu tive um mini-heartattack e pensei "caralho, eu vou conseguir esses ingressos, nem que eu tenha que ligar pra Rainha!". O negócio é que os shows esgotam MUITO rápido aqui. Tipo, em segundos, às vezes. O Arctic Monkeys fez tour no UK e eu super animei de ir, mas quando me dei conta já tinha esgotado... Um tour. Em poucas horas. Não pode dar bobeira! Esse show do The Killers seria meio privê, num lugar pequeno, o que significava ainda menos ingressos, então eu me preparei: dei um jeito de participar da pré-venda, o que me garantia mais chances, e tive que faltar aula pra estar na frente do computador de manhã e ficar dando f5 na página. Consegui os meus benditos ingressos!! Pra mim e pra minha amiga australiana. Foi tipo, a mesma sensação de passar no vestibular. Era real: eu veria os caras de Las Vegas ao vivo em alguns dias. 

Perdi o show no Lollapalooza

O quê?? Show? Surpresa?

Consegui os ingressos!

Minha amiga tem família em Londres, então eles ofereceram pra nos hospedar no fim de semana, o que significava três dias turistando na minha cidade favorita! Fomos pra Londres de ônibus e assim que pisamos na capital inglesa corremos pro Eventim Apollo, o local do show. A fila já estava bastante grande, mas no fim deu tudo certo, conseguimos um lugar muito bom e próximo do palco. Apesar da espera ter sido meio longa, porque não teve banda de abertura, quando as luzes apagaram e eles subiram no palco tocando "Shot at the Night", tudo valeu a pena. Não sei descrever aquele show... O povo que tava lá eram todos muito fãs, porque eram poucos ingressos e foi um show aleatório, então foi a melhor vibe! Todos cantando, vibrando, pulando. O Brandon e a banda estavam muito animados com a reação do público e fizeram o melhor show... Foi incrível.

Mr. Flowers

Tocando minhas músicas favoritas.
Todo mundo: Emma. Eu: Ezra

Como eu disse, não tinha turistado por Londres ainda. Pra vocês terem noção, na minha primeira visita eu não tinha nem visto o Big Ben. Dessa vez, eu fiz programa de turista mesmo: Buckingham Palace, Westminster Abbey, London Eye, Parlamento, etc. Também fui na "Plataform 9-3/4" na King's Cross! Uma parede com um carrinho, mas rende umas boas fotos e realiza um sonho de infância. Visitei Camdem Town também, que foi um dos meus lugares preferidos... Que lugar único! Muitas culturas, estilos, tribos. E comi uma quentinha de comida brasileira! Foi daquelas de pedreiro, mas nunca fiquei tão feliz em comer feijão, arroz, farofa e bife acebolado... com Guaraná ♥ Camdem vale uma visita, com certeza. 


Ravenclaw, bitches.

Feijão. Farofa. Guaraná.

Essa foi minha viagem favorita no Reino Unido até agora. Escrevendo esse post até fiquei com saudades... Além dessa trip, o meu final de ano foi ótimo, nos próximos posts contarei sobre meu Natal britânico e meu Ano Novo tcheco. Tchau!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Bruxas, fogueiras e barbeiros

E aí!

Acho que uma das coisas mais importantes quando se mora no exterior é o intercâmbio cultural - você trazer um pouco da sua cultura pros nativos e absorver um pouco da cultura deles. A gente trouxe as havaianas, porque brasileiro que é brasileiro usa chinelo na chuva, na neve, no frio, no vento e na lava. E com eles eu comemorei duas datas que não costumava comemorar no Brasil: Halloween e Bonfire Night.

O Halloween, ou Dia das Bruxas, também é conhecido no Brasil e se comemora no dia 31 de Outubro. É um tradição principalmente nos países de língua inglesa e os Estados Unidos é o país onde essa cultura é mais forte. Na Inglaterra, é bastante temático - algumas lojas e casas fazem decorações e até programas de TV aderem ao tema. Nos dias que antecedem a data, as lojas de fantasias ficam lotadas! Tipo, filas nas ruas e tudo mais... A galera pira, porque o assunto da semana são as festas à fantasia na noite de Halloween. Claro que entrei na onda e fui atrás de um traje especial! As fantasias completas eram muito caras e tavam acabando, o negócio era comprar alguns acessórios, improvisar e ver o que rolava. O povo se empenha mesmo, gastam dinheiro com maquiagem, perucas e acessórios pra ver quem fica com a fantasia mais criativa. Eu não queria gastar minhas rainhas com fantasia, por isso comprei umas coisas ou outras e acabei como vampiro! Achei clássico, não tem erro. 

Se dando conta de que a fila que tá na rua é pra loja de fantasia
Palmas pra Nat e sua maquiagem de fantasma!

Em Leeds tem um club chamado Halo, que é uma boate numa igreja - não é uma igreja de verdade, é só o prédio. Uma das maiores festas de Halloween daqui seria a 'Haloween', uma festa do Dia das Bruxas numa igreja! A bad da noite foi que a Halo estava lotada e mesmo com os ingressos, não conseguimos entrar. Boladíssimos! A noite de Halloween acabou num pub, todos fantasiados e alegres. 

Festa que vende mais ingresso do que tem capacidade de suportar

No dia 05 de Novembro, comemora-se o Bonfire Night por todo o Reino Unido - e mais alguns países, pelo que ouvi falar. Não sei dos paranauê, mas parece que uma cara aí das antigas tentou botar fogo no parlamento britânico e foi pego no flagra, daí botaram fogo nele! Assim, prático. Quem quiser a história na íntegra, google it! Enfim, daí essa data ficou conhecida como 'Noite da Fogueira' porque botaram fogo no moço. No Bonfire, eles até fazem uns bonecos do sujeito e queimam por aí... Tipo, bizarro, mas tá. Nessa noite rola uma fogueira gigante e um show de fogos nos maiores parques da cidade, o que é muito legal! É tipo um festival assim, todo mundo vai pra rua e tem fogos de artificio por todo canto. Fomos pra um dos maiores parques de West Yorkshire e lá estava a fogueira, da qual não saí de perto porque estava frio de-mais. O show de fogos foi OK, foi interessante pra conhecer, mas nada demais assim. 

Como assim comemoraram o churrasquinho do cara?

Além desses dois eventos, no final de Outubro eu assisti pela primeira vez uma peça de musical - daquelas que os atores cantam mesmo, na sua frente: Sweenet Todd - O barbeiro demoníaco da rua Fleet. Esse musical tem um filme do Tim Burton, com o Johnny Depp e a Helena Bonham Carter, mas é claro que a peça não tinha a Belatriz e o Jack Sparrow, infelizmente. Eu já tinha visto o filme, mas ver a peça foi demais. O cenário mudando, a galera cantando assim... É de arrepiar. O palco e a sala eram relativamente pequenos e já foi demais, daí eu me pergunto como deve ser um Les Mis na West End em Londres... Quem sabe um dia!

Um musical bem fofo... não pera

Esse foi meu final de Outubro, início de Novembro... Faz tão pouco tempo, mas parece tão longe! Já estou aqui há mais de cinco meses. Contarei um pouco mais das ciladinhas do semestre passado nos próximos posts! Té mais. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Architecture School

Y'alright?

Eu estava planejando esse post pra mais tarde mas como algumas pessoas pediram pra saber um pouco mais sobre a Escola de Arquitetura Britânica, aqui vai!

Antes de vir pra cá eu já tinha feito um post falando um pouco sobre as matérias que cursaria aqui e tudo mais, mas nesse vou ser mais específico sobre as matérias, minhas impressões do curso e o que aprendi até agora. É interessante que comecei meu segundo semestre essa semana, então posso dar um insight sobre como vai ser também :)

No primeiro semestre (Setembro - Dezembro) eu tive três matérias, aqui chamadas de modules. Duas matérias teóricas (Tech e Context) e uma matéria de projeto (Studio).

1) Contextual Studies

Bem, essa matéria foi a mais teórica e mais parecida com o que eu tinha no Brasil. Fala sobre um pouco de tudo: teoria urbana, sociologia, história da arquitetura, etc. Foi tranquila! Duas horas por semana, tivemos aulas expositivas, fizemos um seminário sobre uma das teorias e um essay (dissertação) de duas mil palavras. No meu semestre atual nós temos uma professora diferente mas o esquema vai ser o mesmo - seminário e essay, só que vai ser mais puxado aparentemente, porque ela quer que a nossa estrutura de trabalho já seja meio que puxando pro terceiro ano daqui, que é a dissertação final deles (tipo o TCC). 

2) Architectural Technology

Esse módulo vai ser o mesmo durante os dois semestres, porque começamos semestre passado mas não tivemos avaliações nem nada, então continua nesse. É sobre tecnologias mesmo, nós vemos um pouco de: conforto ambiental, materiais, técninas construtivas, etc. Como é um módulo dividido em dois semestres, só temos aulas semana sim, semana não, super tranquilo! Uma vez que  não tivemos trabalhos no semestre passado, nesse nós vamos ter algumas avaliações - só não sei ainda quais, e parece que eles querem que a gente integre tudo com o projeto que desenvolvermos em Studio, tipo uma conexão entre as matérias. 

3) Architectural Design

O bendito Studio. Essa é a matéria com maior número de créditos... São duas vezes por semana, cada dia entre 10am e 5pm, então é bastante exaustivo. Uma matéria de projeto, mas que envolve um pouco de teoria, maquetes, design e tudo mais. Eu tinha que entregar coisa toda semana no semestre passado! Nós tivemos diferentes etapas do mesmo projeto durante o semestre. Nosso estudo de caso foi numa cidade na costa noroeste da Inglaterra, Blackpool. Primeiro fizemos uma análise do sítio em grupo, análise individual, crítica e depois começou a parte de projeto. 

Eu chegando na faculdade toda segunda de entrega

O curso de BA Architecture aqui é muito mais artístico do que o meu curso de Arquitetura e Urbanismo do Brasil! Acho que isso se deve ao fato de que "Arquitetura" é divida em vários cursos aqui: Interior Architecture (foco em design e interiores), Landscape Architecture (voltado pro paisagismo), Architectural Technology (tecnologias, estrutura, materiais, etc) e Architecture (projeto, conceito, modelos, etc). 

Tudo que a gente aprende num só curso em cinco anos, eles têm em diferentes cursos de três anos... As matérias são muito mais aplicadas. O que sobrou pra Architecture (meu curso) foi o lado criativo do projeto arquitetônico - a ideia, o desenvolvimento da ideia, o conceito, etc. Aqui eu não fiz planta-corte-fachada. Eu fiz análises, croquis, pinturas, maquetes, montagens, fotografias. Os meus tutores criticavam fortemente a 'starchitecture' - aqueles prédios 'forma-pela-forma' fora de contexto que caem de paraquedas no meio do terreno. Eles insistiam na ideia de que 'o contexto [do terreno] faz a arquitetura, não é a arquitetura que se encaixa no contexto', ou algo traduzido nesse sentido. Nossa, falando assim até parece que dominei o assunto, mas até eu entender que era isso que eles queriam e não uma planta baixa, foi foda! Cheguei aqui com aquela metodologia de projeto pronta na cabeça, aquela mesmo pensamento dentro da caixa que a escola de arquitetura brasileira vem mantendo desde o modernismo e que ainda não conseguiu se desfazer. Foi como se eles pegassem meus dois anos e meio de ensino de projeto e falassem "não é assim, é de outro jeito", e foi nesse sentido que me referi quando disse que tive problemas pra adaptar ao curso. 

Quando finalmente entendi o objetivo do Studio

Eu não toquei no Cad desde que cheguei aqui. Nem no Sketch, nem Revit, nem nada. Esses programas são mais usados no curso de Architectural Technology, onde eles tem aula de BIM. Eu usei trabalho manual - maquete, desenho, foto, pintura - e programas de design (InDesign, Illustrator, Photoshop) pra fazer montagens de fotos e pranchas. 

Sem planta? Sem corte de escada? Sem elevação?

Enfim, tivemos vários trabalhos durante o semestre e toda semana tinham os tutorials. Todos traziam seus trabalhos da semana, penduravam na parede e os tutores iam de trabalho em trabalho, daí você tinha que apresentar sua ideia (sozinho, na frente de todo mundo... em inglês) e eles te dariam feedback - onde você acertou, o que foi errado, o que consertar e etc. - e você anotaria tudo isso e pronto. Você não entregava o trabalho, não tinha nota. No final do semestre você entregaria um portfolio, contendo todos os trabalhos desenvolvidos no semestre mas agora corrigidos, com as dicas que você recebeu no feedback. Aí então, eles te dão uma nota pelo semestre.

Entregando o portfolio

Eu comentei um pouco sobre o Studio nesse post e como nós tivemos uma apresentaçõs dos tutores e depois escolhemos em qual estúdio queremos trabalhar. No semestre passado peguei uma dupla de tutores bem exigentes, mas nesse semestre tivemos que trocar (thank God!) e eu escolhi um cara novo, um arquiteto que trabalha em Londres e vai tocar o nosso estúdio sozinho! O cara parece super estrelinha e tou empolgado :)

Novo tutor!

Estrutura física

A estrutura da Leeds Metropolitan é muito boa! Temos uma biblioteca de cinco andares no nosso Campus, pra diferentes cursos, mas praticamente metade um andar é com livros de arquitetura e urbanismo. Além disso, o quarto andar é o laboratório de Cad, como eles chamam, com vários computadores fodas, Macs e PCs, contendo todos os programas de arquitetura e design. Ah, e tem também quatro plotters de GRAÇA nesse andar. Ou seja, você pode ir pra lá, fazer todos os seus trabalhos nos computadores e plotar ali, quantas vezes quiser. Nem preciso comentar que véspera de entrega é um caos e a fila da plotter é grande, mas arquitetura é assim em qualquer parte do mundo, eu acho. Além disso temos a maquetaria que é top! Altas máquinas desde simples aparelhos pra marcenaria até máquinas de corte a laser, corte de metal, etc. Tem também lugar pra trabalhar com gesso e etc. Enfim, eles te dão todas as ferramentas pra você trabalhar a sua criatividade, é só desenvolver. Isso sem contar o espaço do estúdio, com mesas de trabalho, mesas de desenho e tudo mais. Na biblioteca também você pode alugar câmeras profissionais, de foto ou vídeo, caso precise tirar fotos pra trabalho ou viagem de campo. 

Plotter de graça?

Estrutura do curso

Perguntaram sobre as matérias de cada ano. Em Architecture, são as mesmas matérias nos três anos (studio, context e tech), só que em cada ano com assuntos diferentes, é claro. Só no terceiro ano que eles tem uma matéria a mais, tipo TCC. Outra coisa que intriga as pessoas: terminar o curso em três anos?? Você não se forma arquiteto com três anos de curso. Tem que fazer mestrado. Pra ter o equivalente ao CAU que temos no Brasil - a permissão pra exercer, que aqui é o RIBA, você tem que ter sete anos de curso! Não sei muito bem como funciona, mas parece que os outros quatro anos são dois de mestrado e dois de estágio. 

That's all folks! Espero ter esclarecido a dúvida de todos, matado a curiosidade de outros. O post ficou imenso, mas tentei resumir tudo que podia falar sobre meu curso aqui. Posso ter esquecido algo, mas qualquer dúvida me perguntem. Até mais!

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Manchester, mate!

E aí raça!

Primeiro post do ano! Bem, sei que algumas pessoas pediram pra eu contar um pouco sobre o curso de Arquitetura aqui no Reino Unido, mas eu ainda estou bolando um post sobre isso e por enquanto vou continuar contando os eventos do semestre passado :)

Uma das coisas que mais me empolgou em vir pro Reino Unido foi o cenário musical! Não preciso nem comentar a quantidade de artistas incríveis que esse país exportou pro mundo, mas o que me deixou animado foram os shows que rolam por aqui, porque sou de Floripa e é bem difícil algum artista internacional aparecer por lá.


Artistas que vão a Curitiba e Porto Alegre, mas pulam Floripa.

Antes de vir pra cá ou mesmo no primeiro mês aqui eu ainda não tinha planejado nenhum show nem nada, então em Outubro, no meio das minhas procrastinações, decidi pesquisar o que tava rolando de show aqui por perto. Era domingo a noite, eu estava longe de terminar um trabalho que era pra entregar no dia seguinte, e descubro que vai rolar um show em Manchester na segunda! Sim ou óbvio que decidi ir? Pois é, convidei minha amiga (que também tinha trabalho pra segunda) e compramos os ingressos e passagens!

Show amanhã? Hell yeah, bitch!

Estava empolgado porque também era uma oportunidade de ir a Manchester, que eu nunca tinha visitado e sabia que era uma das maiores cidades inglesas... Foi apenas uma hora de bus de Leeds, tranquilo! Era fim de tarde mas deu pra ter uma boa primeira impressão da cidade... Curti bastante! Era grande, misturava histórico e moderno, achei massa. Graças ao Google Maps achamos a O2 Apollo, onde foi o show do MGMT. O show foi muito bom, eu curto muito a banda e a vibe tava muito tranquila! 

Nessa oportunidade eu mal sabia que eu voltaria a Manchester mais duas vezes naquele mesmo mês.

MGMT

Me empolguei com esse lance de show e comecei a pesquisar tudo que tava rolando por aqui. Achei mais dois shows em Manchester, em Outubro, e convidei minha colega australiana pra ir comigo. Na segunda vez que fui a Manchester, pra ver a Kate Nash no Manchester Academy 2, fui de manhã e como o show era só a noite tive tempo de conhecer a cidade com calma! Fui no estádio do Manchester United, Museu do Futebol e etc., foi bem legal. O show da Kate foi ótimo! Ela é muito gente boa, as músicas são muito boas de ouvir, tava um clima bem legal. 

Pelé em Manchester

Man Utd

Kate

Na minha terceira visita a Manchester fui ver a Jessie J na Phones 4U Arena. Como era um show grande tivemos que ir mais cedo pra aguardar na fila e tudo mais. A arena era enorme e o show foi ótimo! Altas produção e a Jessie é muito simpática e canta demais! Valeu a pena. Em todos os três shows eu consegui ficar muito perto dos artistas, o que foi muito legal.

Jessie

Sim, ela é louca... Mas num bom sentido!

Eu voltaria a Manchester mais vezes, até porque a maioria dos artistas que fazem tour no Reino Unido passam por lá e a cidade fica a uma hora de Leeds. Esse foi basicamente o meu mês de Outubro: shows. É claro que fiquei pobre muito rápido, porque shows e passagens acabam pesando no bolso, mas não me arrependo, valeu muito a pena. Nos próximos posts falarei sobre mais um evento de Outubro, o Halloween! E também como eu acabei indo em mais um show, no início de Novembro, mas da minha banda favorita e na minha cidade favorita. 

Valeu!